Música na Terceira Idade

O ensino musical para idosos, é de extrema importância, pois além de melhorar a qualidade de vida, possibilita o bem estar e eleva a auto estima, possibilitando a capacidade de torná-los novamente inseridos na sociedade. 


A música torna-se o fortalecimento das relações sociais, promovendo o equilíbrio emocional e psicomotor. Em diversos casos, o idoso quando jovem não teve condições financeiras ou tempo para dedicar-se ao aprendizado musical, pois todo o período de sua vida adulta,  esteve envolvido em assuntos que necessitavam de maior atenção, como por exemplo, criar os filhos e educá-los, não restando tempo para pensar em uma atividade artística ou musical. Quando na velhice, surge a falta de dinheiro, a solidão, viuvez e doenças, surge então em muitos casos a depressão. É nesse momento que a atividade musical surge como uma válvula de escape. Por isso vemos muitos vovôs e vovós, praticando esportes, viajando, outros até retornam ao mercado de trabalho. 

O Brasil possui em sua grande maioria populacional, idosos. E indiferente da classe  social, a velhice é um processo contínuo de perdas e ausência de papeis sociais, principalmente no que se refere ao âmbito familiar. Alguns idosos sentem-se isolados, desvalorizados e muitos alimentam a idéia que não prestam  mais para nada. É  necessário que haja uma política social de inclusão, visando o bem-estar físico e mental destas pessoas, proporcionando assim aos mesmos completarem o ciclo da vida humana com respeito e dignidade.
Montello, afirma que o idoso terá consciência   da dinâmica emocional que está por trás da ansiedade e exteriorizará essa energia por intermédio da improvisação musical. O aprendizado deverá ser de acesso a todos, visando a prática educativa como instrumento de concepção musical, possibilitando o desenvolvimento humano no “Todo”, com a realização de atividades criativas e auditivas. A atividade musical torna-se um ótimo agente da linguagem, cujo conteúdo contribui para a compreensão mais plena  do mundo e o que nos cerca, salientando ainda os benefícios comprovados cientificamente pela medicina, acerca do humor, da respiração e pulsação sanguinea. 
A musicoterapia, bastante difundida e praticada por profissionais de saúde, atualmente tem se transformado num poderoso aliado contra algumas doenças que são consideradas doenças da velhice. Em hospitais, casas de recuperação, centros psiquiátricos e em alguns asilos, essa prática tem sido aplicada e com muito sucesso. Lúcia Maria Chaves Tourinho, em seu artigo Musicoterapia: Corpo Sonoro, escreve: 


"A música é elemento e agente de cultura, pode ser utilizada na terapia e no auxilio do processo de vida, pois é uma linguagem estruturada". Por isso com essa estratégia é possível prevenir, reabilitar, readaptar, e promover a saúde. Dessa forma estamos contribuindo para uma sociedade visionaria ampla e humana, nos permitindo a nós mesmos, aos idosos,  e jovens que irão envelhecer, possibilidades e metas vivendo com boa qualidade de vida.

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